sábado, 12 de maio de 2012

Mãe, obrigado!


Refletindo sobre a saudade de minha mãe neste dia, me dou conta do melhor presente que ela me deixou: o meu irmão!

Ele é quem melhor entende a falta que ela nos faz e melhor compreende a minha dor. Estávamos juntos na despedida e, cada um a sua maneira, viveu aquele momento da perda da mesma mãe, ainda que nossa diferença de idade fosse grande.

Não fosse o meu irmão, os ensinamentos e exemplos de minha mãe teriam se perdido no tempo, e eu com eles. 

Ele muitas vezes foi duro, a começar pela primeira frase que me disse após o enterro de nossa mãe que ecoa em minha mente até hoje, mas já não com a rudeza daquele momento, mas com o significado doce da preocupação de quem ama de verdade.

Com este presente que minha mãe me deixou tive o exemplo de homem, esposo e pai, que não tivera por circunstâncias de vida.

Com seus conselhos e repreensões consegui colocar em prática os ensinamentos de minha mãe e chegar hoje a ser quem sou: um homem esforçado em ser bom, apesar de minhas fraquezas, mas sobretudo alguém que sabe que a cada queda precisa levantar.

Meus valores, meus princípios e minha fé, são fruto da presença de meu irmão em minha vida.

Não, não tive o Atari que tanto quis, não tive o autorama que muito sonhei, mas tive o maior presente que minha mãe podia me dar, o sentimento de família consubstanciado na figura do meu irmão.

Neste dia das mães, em que 26 anos não aplacaram a saudade, gostaria de dizer a minha mãe que a distância e o tempo não nos separaram. Estarás sempre presente em meus pensamentos e em meu coração.

Só tenho a te agradecer pela minha vida e pelo meu irmão. Mãe, obrigado!