domingo, 15 de dezembro de 2013

SE FOSSE...

Já se vão 13 anos desde aquele longínquo 16 de dezembro de 2000...

Se fosse uma árvore, estaria dando frutos e flores...

Se fosse uma jornada pelo mundo, já teria passado pelos lugares mais lindos da Terra...

Se fosse um navio, estaria na hora de voltar ao porto de partida...

Se fosse um whisky, seria uma iguaria...

Se fosse a minha vida, eu estaria órfão...

Mas não, não é nada disto!

São 13 anos de amor abençoados por Deus que frutificaram e fizeram brotar um jardim com lindas flores que atendem pelos nomes de Ana Carolina, Giana e Martina, além de sementes que partiram ainda no primeiro brotar como a fortalecer o terreno fértil de nossa família...

São 13 anos de amor abençoados por Deus nos quais não saímos da Região Sul, mas conhecemos o lugar mais lindo do mundo que é o nosso lar, quando nos reunimos e celebramos o amor em família, esteja ele na Cidade Baixa, Cristal ou Cavalhada...

São 13 anos de amor abençoados por Deus nos quais voltar para casa ao fim de cada dia é retornar ao porto seguro de partida onde nossos corações, sonhos e alegrias repousam, e no qual nossos medos e angústias de dissipam no carinho do lar...

São 13 anos de amor abençoados por Deus nos quais todos os dias podemos provar o néctar do amor que vem do outro, a quem escolhemos para viver uma vida como uma só carne, ou dos filhos, personificação do amor de Deus em nossas vidas....

São 13 anos de amor abençoados por Deus nos quais Ele tem mostrado que as perdas do passado jamais foram abandono e que nunca estive sozinho, mas que o Pai amoroso sempre cuida de nós e nos prepara para o bem, e que nunca estamos órfãos quando existe amor... 

São 13 anos de amor abençoados por Deus nos quais, em muitos dias, não houve sol , imperaram ventos e tempestades... Mas a casa, construída sobre a rocha, não ruiu... E, com o tempo, percebemos que sol demais seca o solo, que para crescer as plantas também precisam de chuva e que uma ventania pode servir para limpar o terreno ou para tirar-nos da acomodação e reforçarmos o alicerce, as paredes e o telhado de nossa vida...

Quantos anos mais terão? Todos! Todos que Deus permita que estejamos juntos pois sabemos que nossa união não é nossa, mas é a três, e Ele, o Senhor da vida, responsável por termos nos encontrado e sem O qual não estaríamos junto, saberá, como sempre soube, o que é melhor para nós!


Letícia, “neste dia de alegria eu te dou meu coração e repouso os meus sonhos em tuas mãos”, “contigo até o fim, contigo até quando Deus quiser” porque “valeu apena esperar no Senhor que mais uma vez foi fiel” e, jamais esqueça, que “haja o que houver, eu sei que sempre te acompanharei, eu sempre estarei contigo ao teu lado”, e “no fim será só Deus, você e eu”!

sábado, 30 de novembro de 2013

Nem tudo dura para sempre

Como os mais chegados sabem, tenho passado por mudanças nos últimos tempos.

Neste novo momento me vi chamado pelas circunstâncias a analisar minha vida, meus hábitos, meus projetos, a fim de conseguir definir quem realmente eu era e para onde pretendia ir.

Estas reflexões nem sempre são fáceis porque muitas vezes elas nos chamam a tomar atitudes de mudança, talvez até radicais sob certo ponto de vista, mas necessárias para que possamos viver com honestidade nossos sentimentos e para que consigamos ser felizes.

Como também sabem meus amigos, estou casado há quase treze anos com a mesma mulher, ao que se soma mais uma década de namoro. Ou seja, desde os meus 18 anos nesta relação.

Com a chegada de nossa terceira filha, as cobranças profissionais, a mudança física pela qual estou passando etc... percebi que a vida se modificava.

Aquela menina de 15 anos que conheci e me apaixonei já não tinha o mesmo encanto...  Aquela mulher de 20 anos com quem fazia planos para o futuro, não havia tido sucesso em alcançar o que planejávamos... A mãe perto dos 30 que me ajudara a ser pai, esta ficara no passado, pois agora eu já era pai de 3 crianças... É, percebi que o tempo passou e que eu estava diferente, pensava diferente e sentia diferente!

Como diz o povo por aí, o universo conspira para um verdadeiro amor e ele está no ar... Enquanto refletia sobre estas questões em um cafezinho em um shopping, minha visão periférica percebeu algo de diferente no entorno e, então, ao olhar, vi uma linda mulher, na faixa de 40 anos, em um vestido azul lindo, cabelos balançando como em um comercial de xampu... Senti meu coração bater descompassado e, se eu fosse um desenho animado, meus olhos saltariam da órbita, o queixo cairia e a língua encostaria no chão...

Por estas coisas da vida ela sentou próximo e acabamos por conversar... Começamos falando sobre café, passamos pelas preferências sobre chocolates e, quando vimos, já estávamos planejando o verão juntos...

É... a vida prega peças e muda nossa vida de cabeça para baixo de uma hora para outra!

Assim, em tempo de internet este é o meio de noticiar mudanças, pelo que comunico aos amigos que me separei e estou casando novamente.

Se forem difíceis os primeiros contatos com ela, peço que tenham paciência em consideração a mim... Garanto que ela é muito simpática, querida, é médica e vai cuidar muito bem de minhas três filhas, além de me fazer feliz!

É bem diferente daquela que conheci há mais de 20 anos, mas é quem faz o meu coração bater acelerado quando está perto, faz meu estômago doer quando se aproxima e faz eu querer estar com ela o quanto antes e o máximo que eu puder... É ela que faz o tempo voar quando está ao meu lado e congela quando está longe...


Aquela mulher de vestido azul mudou a minha vida, mais uma vez... Letícia, te amo e obrigado por estas mais de duas décadas de amor renovado a cada dia!


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Minha vida tem sentido cada vez que eu venho aqui




Este ano tem sido relativamente difícil para mim. Algumas mudanças importantes na família, no trabalho e pessoalmente, têm exigido um pouco mais deste homem....
Em determinado momento, em conversa franca e sincera com minha amada esposa, lembrando de fatos do passado (que nem sempre são dias de sol), indaguei fortemente qual o motivo para que Deus tivesse preservado minha vida por estes quarenta anos... Não seria melhor ter deixado eu perecer para que não passasse pelas provações que me consumiam e pelas dores que senti...
Claro que foi um momento de desespero, cansaço e falta de serenidade para olhar o entorno e ver as maravilhas que ELE tem propiciado em meu dia a dia. Mas a indagação veio e veio forte!
Mas como diz meu irmão, Deus é pai, e como tal, mima seus filhos. E, nesta semana que passou, mais uma vez recebi e percebi o afeto de Deus em minha vida, através de um daqueles mimos que fazem a gente ver a vida diferente.
Minha filha Ana Carolina, ontem, recebeu o sacramento da primeira Eucaristia, seguindo a vida de fé Católica de seus pais.
Durante a semana, refletindo sobre este acontecimento, percebi que eu e minha esposa estávamos a possibilitar a nossa pequena Ana Carolina o que de mais importante poderíamos lhe dar: a Esperança.
Ao concluir a primeira Comunhão, ela percorrera todos os sacramentos que cabiam aos seus pais a conduzirem. Daqui para frente, o Crisma, o Matrimônio etc, dependeriam de uma decisão pessoal sua. Havíamos cumprido nossa missão. Claro que temos muito ainda a ensinar a esta nossa filha, assim como às demais, mas hoje, com muito orgulho, eu e a Letícia, podemos dizer que conseguimos levar ela até o ápice de nossa fé, que é comungar do sacrifício de Cristo, mesmo que ela, assim como nós, não consiga ainda ter a verdadeira dimensão do que isto significa como teve Santa Terezinha, por exemplo.
Através da Eucaristia nossa vida passa a ter Esperança, pois nada se acaba aqui, e, com Ela, tudo faz sentido!
Se minha filha não fizer curso superior, não falar outra língua, não tiver sucesso profissional,... terá o mais importante. Poderá ser feliz ao se encontrar com o próprio Cristo em uma celebração e lembrar daquilo que seu pai esquece seguidamente: a nossa vida é muito mais do que vivemos aqui!
Ao me dar conta de ser partícipe deste momento de minha filha tive um orgulho gigante. Eu cumpria uma parte da missão de pai e educador, talvez a principal parte.
Após este momento de glória, senti-me envergonhado, ao perceber quão pouco digno era de fazer parte deste momento na vida de minha filha e, quanto mais, de orgulhar-me dele. Como poderia festejar este acontecimento em minha vida quando, há poucos meses não via sentido em meu viver?
Então, lembrei que havia lido que "nós apenas reconhecemos os títulos de glória; é Deus quem nos concede". Minha “dignidade” em viver este momento não era minha, mas era de Deus em mim. Ele quis que eu participasse e me alegrasse com isto. Se eu não via sentido em minha vida ter sido preservada, era porque ela não me pertencia e porque não era a mim que cabia lhe dar sentido.
ELE tinha, e tem, um plano e um sentido para o meu viver.
E então entendi que nossa vida não é nossa e não é para nós, mas é d’ELE e para ELE.
Certamente, virão outros momentos de indagações como as narradas no início deste texto, mas rogo a Deus que me dê memória e me ajude a não esquecer o que senti ontem: eu ajudei minha filha a participar do sacrifício da Cruz e isto também dá sentido a minha vida!
Obrigado Senhor pelo dom da minha vida e por dar sentido a ela, ainda que eu não o perceba. Obrigado pela minha esposa Letícia que está sempre disposta a ouvir as angústias deste pobre homem e sem a qual a Ana Carolina não existiria. Obrigado especial à Mariana que foi muito importante na formação de nossa filha neste último ano.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Diversidade de Ideias

Ontem passeando no “shopping” com minhas filhas chamou a atenção da mais velha, de nove anos, uma enorme televisão. Ela mostrou-me a vitrine estupefata com aquele objeto de consumo!

Dei-lhe a atenção de sempre nestes momentos e comentei com ela que aquela televisão custava o preço do carro de nossa família. Poderíamos vender nosso carro e comprar aquela “maravilha” (é bem verdade que teríamos que colocá-la no pátio pois não caberia em nossa sala).

Ela olhou-me e, de plano, disse: “não, não vale à pena! Só um burro faria esta troca!”

Oba, pensei! Uma excelente oportunidade de conversarmos sobre o respeito aos outros e à diversidade de opiniões e ideias.

Eu e minha esposa, então, explicamos a ela que não havia nada de “burrice” em fazer a troca do carro pela televisão, mesmo que não concordássemos com esta atitude. Tratava-se apensa de uma opinião, diferente da nossa, sobre o que seria melhor para cada um. Questionamos: e se a pessoa não sabe dirigir? E se ela gosta muito de assistir televisão? E então iniciou-se uma conversa sobre respeito às pessoas e às suas ideias (como a de trocar o seu carro por um aparelho de tevê).

Além disto, demonstramos que esta troca não traria prejuízo a ninguém, não havendo porque imputá-la como "burra" só porque divergia do que achávamos certo.

As crianças são um campo fértil para o bem e para o mal. Cabe a nós adultos, mas principalmente aos pais, educá-los com valores e virtudes para que, quando ocuparem nosso espaço, possam melhorar o mundo em que viverem.

Em uma sociedade na qual a diversidade de opiniões e pontos de vista muitas vezes é utilizada como ferramenta para imposição de uma ideia única, é importante que estejamos atentos às oportunidades que surgem para educarmos o “futuro”.

De nada adianta interromper uma brincadeira para fazermos uma preleção sobre o respeito mútuo, a democracia e os valores da vida em sociedade. Não vai rolar! Temos que aproveitar as mínimas oportunidades.

Ser pai é muito mais do que ter um filho, é, além de outras coisas, estar 24hs de prontidão para educar.

E como terminou nossa conversa sobre diversidade de ideias? Diluiu-se em um quiosque de doces sendo trocada pela escolha de formas e sabores diferentes de guloseimas. Mas, tenho certeza, que mais uma semente sobre a ideia de respeito foi plantada naquela pequena pessoa e que minha esposa e eu havíamos um cumprido mais uma pequena parte de nossa missão.




22 anos

Há 22 anos iniciava-se uma linda história de amor entre duas pessoas cujos caminhos Deus providenciou que se cruzassem, apesar das estradas tortuosas que ambos escolheram para sua vida até aquele momento.

Após um “milk shake” de morango do Mc Donalds, a ansiedade não deixava espaço para a fome, e uma longa caminhada pelos corredores do Shopping Rua da Praia, iniciou-se ali uma união que segue firme até hoje e “até quando Deus quiser”.

Os dois jovens daquela época já sentem um pouco o passar do tempo, mas solucionaram o envelhecimento da família aumentando seus corações e dando vida a outras vidas que, hoje, além de aumentarem o amor em seu lar, ajudam também a manter uma média de idade mais jovem aos Fossatti Moreira.

Construímos um lar que dá frutos e, como diz a canção, no qual “o que mais floresce é o amor”.

Mudamos muito ao longo destas mais de duas décadas, mas o básico, que é o amor e que é feito de coisas simples, este continua estático.

E me desculpa Samuel Rosa, do Skank, mas para nós a sua “Resposta” não serve, pois não “ficou pra trás também o que nos juntou....”. Aquele que nos uniu ainda é o Senhor de nossas vidas e por isto nossa união segue firme, lado a lado, beijo a beijo, lágrima a lágrima, mas sempre juntos, pois esta é a única opção que nos demos quando selamos nossa união perante Deus.

E não pense que foram 22 anos de um mar de rosas... Vieram, e ainda vêm, chuvas, tempestades e vendavais, mas a casa segue firme sobre a rocha (Mt 7, 24-25).

Por fim, não são palavras que conseguirão definir o amor que sinto pela minha amada Letícia e por esta vida ao seu lado. Muito provavelmente eu não esteja a sua altura, mas além de linda, ela também sabe ser condescendente com este pobre homem que sabe muito pouco, mas que aprende a cada dia o que é amar porque é amado por aquela que Deus lhe confiou a parceria de uma vida.


E jamais esqueço que um dia lhe cantei um verso, e muitos são testemunhas vivas deste momento, de que “naquele dia de alegria, eu lhe dava meu coração e repousava os meus sonhos em suas mãos”. Não me arrependo de nada disto, pois juntos tornamos realidade aquilo que sonhamos... E, parafraseando meu irmão, se me fosse permitido viver outra vida, eu escolheria viver esta novamente ao lado da minha querida Letícia Fossatti Moreira.... Feliz dia 1º de outubro para nós!


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Hoje é um dia especial para se comemorar! *

Hoje é um dia especial para se comemorar! 
Há 40 anos e 8 meses atrás Deus permitia que eu viesse ao mundo, talvez não nas condições ideais que esperamos para nossos filhos, mas designando um anjo, sem asas é verdade, para me acompanhar e fazer-me um homem, um pai e uma pessoa que reconhecesse a sua filiação divina e a Graça disto.
Este anjo era ainda jovem naqueles idos de 1973 e, reconheço, esta missão seria demasiado pesada para alguém com apenas 8 de idade. Mas este anjo era forte e, apesar de infante, já vivera situações adversas que o forjavam para a sua missão de cuidar de mim, sem contar todas as outras missões que Deus ainda lhe confiaria.
Não hesitou e não falhou, jamais, em sua missão!
Olho para trás e, em todos os momentos da minha vida, alegres e tristes, ele estava lá, ao meu lado, sustentando-me com seu caráter, com sua presença e com seu amor, ainda que Deus, dada a sua imensa capacidade de cuidar de outros, tivesse lhe ocupado com outras vidas para também zelar. 
Ele estava lá quando perdi minha mãe, quando casei, quando nasceram minhas filhas, quando conquistamos a América e o Mundo! Ainda hoje está ao meu lado e dentro do meu coração.
Uma vez, quase o perdi, mas roguei a Deus que o deixasse mais um tempo comigo. Eu não estava pronto. Deus, na sua bondade infinita, manteve ele entre nós, ao que Lhe sou eternamente grato.
Hoje é um dia para comemorar! 
Feliz Aniversário, meu irmão! Mas também poderia ser meu amigo, meu pai, meu anjo... Agradeço a Deus, todos os dias, pela tua existência e pela benção que é te ter entre nós! És meu exemplo de homem, de pai, de profissional e, sobretudo, de Filho de Deus! Que Deus te dê vida longa, não por ti, mas por todos nós que ainda precisamos aprender muito contigo! Te Amo!

*Postado originalmente no Facebook em 19/09/2013 por ocasião do aniversário do meu irmão.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Eu quero ser o Coiote

Estava conversando com minha filha mais velha estes dias quando a levava a um compromisso  e ela me perguntou o que significava “papa léguas”. Expliquei-lhe que esta expressão, nome de um personagem de desenhos animados, significava algo como comer estrada querendo dizer que andava muito.

Começamos, então, a falar do desenho que dera origem à pergunta e sobre a eterna luta do Coiote em conseguir pegar o rápido Papa-Léguas e transformá-lo em sua refeição. Falamos sobre as “frias” em que o Coiote se metia em sua incansável busca, dos aparatos comprados junto à ACME, dos seus planos mirabolantes,  e, ao fim, concluímos que ele nunca desistia. Acontecesse o que acontecesse, no dia seguinte ele estava pronto a executar um plano infalível (que como sabemos falharia) para atingir seu objetivo.

Larguei minha pequena em seu compromisso e segui meu caminho pensando em nossa conversa.

Cheguei  à conclusão que o Coiote, apesar de seu objetivo nada nobre, é um exemplo de persistência, constância, foco e fé!

Todo dia ele acorda e busca uma nova forma para atingir seu objetivo: capturar o Papa-Léguas. O insucesso de ontem não o abala. A falha do produto da ACME comprado ou o fracasso do plano executado no passado não o fazem desistir. Apesar de tudo que aconteceu em suas tentativas e experiências anteriores ele tem a esperança que o dia de hoje vai ser melhor e ele atingirá seus objetivos. Para isto compra novos produtos ACME e bola novas estratégias.

Eu quero ser o Coiote!

Quero acordar de manhã e esquecer dos fracassos de ontem, acreditar que no dia que surge eu serei melhor que no passado, que não perderei o foco nos meus objetivos de vida e, ao fim da jornada, minhas metas serão alcançados.

E se isto não ocorrer e eu fracassar novamente, não será  cometendo os mesmos erros ou simplesmente desistindo. Farei diferente. E no dia seguinte estarei pronto para a nova batalha.

Quantas vezes iniciamos um projeto e, na primeira dificuldade, desistimos esquecendo o que nos motivava e o quanto aquele objetivo era importante para nós?

Quantas vezes, porque fracassamos em um momento de nossa vida, pensamos que tudo está perdido e não vale à pena continuar?

Quantas vezes somos escravos de nossas decepções conosco mesmo e de nossas frustrações, ficando enclausurados na nossa letargia e na falta de força de vontade de levantar para recomeçar?

O Coiote pode ter todos os defeitos do mundo, mas jamais poderá ser acusado de não saber o que quer, de não ter esperança e de desistir de seus projetos!


Sob este aspecto, eu quero ser o Coiote! 



quarta-feira, 12 de junho de 2013

O dia 12 de junho é um dia comum como todos os outros

O dia de hoje remonta a um outro 12, mas não um dia 12 qualquer, solitário, que poderia ser de junho, de maio, ou de qualquer um dos outros 10 meses do calendário.

O 12 que falo, na verdade, unia o 16 e o 2000, mas mais do que isto, unia duas vidas perante Deus para todo o sempre.

O dia 16 de dezembro de 2000, sim, o 12 a que me refiro é o de dezembro, é, talvez, o dia mais importante de minha vida. Não é quando tudo começou, mas é quando o caminho não teve mais volta, a ponte que nos ligava ao individualismo ruiu, nossos sonhos se uniram e nossos olhares, após se cruzarem apaixonadamente, vislumbraram a mesma direção.

Se o namoro persiste até hoje, muitas vezes incorporando mais três pessoinhas que se agregaram à família, este, após 16/12/2000, não unia mais duas pessoas, mas fazia de duas vidas um só coração.

Nestes 12 anos de casados, olha o 12 aí novamente, houve trevas, frio e tempestades... Mas quando dois corações se unem em um só, este novo amor que surge ilumina a escuridão, quebra o gelo e nos dá serenidade para enfrentar as tormentas. É a casa sobre a rocha.  As tempestades vieram, como vêm para todos, mas a diferença é que a casa não desmoronou.

Neste longo namoro, que persiste até hoje, é claro aos nossos corações que Deus guiou nossos caminhos até que eles se cruzassem para que, uma vez selada nossa união, sonhássemos juntos até sempre.

Não nos escolhemos, mas repetimos a cada amanhecer o propósito de sermos um, ainda que as tempestades venham e até que a morte nos separe.

Aliás, como já disse em outra oportunidade, nosso amor persistirá após nossas existências materializado em três doces meninas que carregam o dom da vida dado por Deus e muito deste amor que existiu na geração de suas vidas.

Participar da criação através da geração dos filhos nos dá a certeza de que nosso amor persistirá mesmo após a nossa morte.

Ana Carolina, Giana e Martina, somente poderiam ser filhas de Rodrigo e de Letícia. E sua descendência somente poderá ser nossa descendência. Se eu tivesse filhos com Maria e a Letícia com José, nenhuma destas vidas existiria. Elas são especiais porque são frutos do nosso amor.

Então é isto, o dia 12 de junho é um dia comum, como todos os outros, no qual devo lembrar Daquele que me deu a vida, agradecê-lo por este dom e por ter guardado aquela que fez e faz a minha vida mais feliz e dá sentido a ela. Dia de olhar para frente e querer amá-la mais, na sua pessoa e na pessoa de nossas filhas.

E ao fim do dia, cantar:

“Eu quero envelhecer
Estando sempre aqui ao lado teu
Contigo até o fim
Contigo até quando Deus quiser
Os filhos por aí
E você sempre aqui ao lado meu
No fim será só eu, você e Deus”


sábado, 8 de junho de 2013

DVD com pipoca

Nem sempre as coisas são como planejamos ou como pretendemos que elas sejam.

A dinâmica da vida não nos permite pensar muito longe. Abrimos o mapa que rabiscamos para o futuro, damos os primeiros passos e, logo nos primeiros cem metros  nos deparamos com uma montanha a impedir a caminhada.

Redesenhamos o mapa e iniciamos o contorno da montanha e, no meio do caminho, mudamos de rota.

Mas a caminhada ainda é nossa. É o nosso rumo. Mas e àqueles que queríamos que fossem nossas companhias nesta jornada... onde estão? Olhamos em volta e sentimos sua falta. Mas eles prometeram estar sempre conosco. Será que nos abandonaram juntamente com suas promessas?

Não, apenas seguiram seus próprios caminhos. Mas porque os “seus” próprios caminhos não contemplaram estar ao nosso lado? Será que não fazíamos parte de seus planos?

Então, com a dureza que só a vida sabe impor, percebemos que “nossos” planos não são nossos e não podemos traçá-los, pois a vida impõe circunstâncias que não podemos controlar. E aquela pessoa não traçou planos “sem” você porque não era ela a dona de sua vida.

Sim, nossos atos têm consequência e podemos trabalhar para que nossa vida tome determinada direção, mas não estamos no controle.

O que resta é saber que quem não nos acompanha, segue perto de nosso coração e que Aquele que controla nossa vida nos leva pelo melhor caminho, sempre.

Nestas horas penso nas minhas filhas. Às vezes elas ” traçam um plano” de brincar à noite, na rua, com a temperatura abaixo de 10 graus o que, inevitavelmente, conduzirá a um resfriado ou complicações mais sérias. Não vão! Acabarão, após alguns resmungos, em um outro programa, talvez um DVD em família com pipoca. Estarão tão felizes, ou talvez até mais, quanto se tivessem na rua expostas ao frio, mas ainda assim poderão reclamar de que não puderam brincar na rua e, talvez, nunca percebam que foram protegidas por um pai e uma mãe que sabia o que era melhor para ela.

Somos assim, às vezes não entendemos o sofrimento de não poder sair para “brincar à noite”, não usufruímos a alegria do “DVD em família”, e choramos por quanto a vida tem sido injusta e pesada conosco, sem saber que nosso Pai esta nos protegendo.


Se o trabalho está pesado, se as pessoas foram embora, se seu filho tirou notas baixas na escola, enfim, se a vida parece difícil... Tente aproveitar o DVD em família, pois Deus sabe o que é melhor para você. 

Eu estou tentando rir do filme e saborear as pipocas, apesar de tudo!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Eternidade



Li estes dias na internet notícia de que um bilionário de 32 anos de idade, de nome Dmitry Itskov (pesquise este nome na internet se duvida), estaria investindo em pesquisas pare fazer o upload seu próprio cérebro para uma máquina e tornar-se imortal até 2045.

Fiquei pensando na eternidade e na ânsia que o homem tem de se tornar eterno a qualquer preço em um sentimento de vaidade que quer transcender a sua própria existência.

E neste caso não estou falando em perspectiva espiritual, mas em uma eternização física.

Em diferentes graus, todos nós temos medo de sermos esquecidos, ou melhor, de não sermos lembrados.

Com um bebê de menos de três meses em casa, muitas vezes me pego orientando minha esposa e minhas filhas mais velhas, em caso de minha falta prematura, de contarem à pequena Martina quem era seu pai e, claro, destacarem minhas qualidades (jamais meus defeitos).

Lembro de um livro que li, A Lição Final , de Randy Pausch, em que o autor, sabedor de ter contraído uma câncer de pâncreas que o conduziria à morte, dentre outras realizações, decide levar seu filho Dylan para nadar com os golfinhos, porque segundo ele “Uma criança não esquece facilmente que nadou com golfinhos”.

Na verdade era a necessidade de tornar o seus momentos com seus filhos tão marcantes para que estes guardassem uma lembrança dele. Nada mais que a necessidade que temos de ser eternos.

Somos assim, buscamos não sermos esquecidos.

Perdi meus pais cedo e o mês de maio me remete, com muita força, ao sentimento de saudade de minha mãe.

E a temática aqui abordada não surge por acaso, mas em razão de uma postagem de minha tia que, com a sensibilidade que lhe é peculiar, marcou-me no facebook postando um vídeo que segundo ela era uma das músicas prediletas de minha mãe.

No curto espaço de tempo que convivemos, minha mãe não teve tempo de me falar de seus gostos musicais, havia informações e orientações mais relevantes a serem trocadas. Mas por mais estranho que pareça, ou talvez não tenha nada de estranho, não me lembrava de conhecer ou ter ouvido a referida música antes, mas ao escutá-la foi como se a conhecesse a tempos, gostasse dela e a melodia fizesse parte de minha vida.

Naquele momento, percebi a eternidade de minha mãe em meu coração e, de certa forma, a eternidade de quem lhe apresentou esta canção. Talvez minhas filhas, no futuro, não se lembrem de sua avó paterna que não conheceram e só tiveram contato através das histórias contatadas por seu pai. Mas ao lembrarem de seu pai, lembrarão, mesmo sem saber, indiretamente de sua avó, uma vez que eu sou fruto desta mulher e de seu amor, e por sua vez de seu bisavô materno, que nem seu pai conheceu, mas que participou na formação de sua mãe e por consequência na formação de seu pai.

Enquanto Dmitry investe sua fortuna no upload de seu cérebro, eu prefiro investir no upload de meu coração amando os que me rodeiam para que eu me eternize em suas vidas, na sua mente e na sua descendência, ainda que esta jamais saiba quem eu sou. Afinal de contas, a semente só brotará se morrer.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Os bons morrem jovens



É engraçado... os  bons morrem antes!

Não porque a sua ida seja prematura, mas porque nunca é bastante tarde para nos deixarem...

O tempo passa, as coisas mudam e a gente espera que a saudade vá embora, mas quando menos esperamos ela nos surpreende e senta ao nosso lado como uma antiga conhecida.

Quando menos esperamos olhamos para os nossos filhos e seu olhar está lá... E olhamos um filme, uma cor, um doce... e a lágrima escorre porque eles avivam a lembrança...

Por que não podemos estar juntos? Por que não pudeste me conhecer como homem? Por que não tens minhas filhas em teu colo?

Sei que muito provavelmente guarde uma imagem distorcida da infância e hoje a convivência não seria tão amistosa... Mas mesmo sabendo disto me fizeste falta... e ainda faz!

Mas é a vida... Ficam a saudade, as lágrimas, mas sobretudo o amor com que me amaste e através do qual aprendi a amar.

Só queria dizer que te amo e que és eterna, pois penso em ti a cada dia ainda que eu já tenha vivido o dobro do tempo na solidão de tua falta em relação ao que vivemos juntos...

Mas apesar de efêmero, cada minuto valeu uma vida, a minha vida! Fica com os anjos, fica em paz...