quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Não basta ser pai...

Já dizia o comercial do Gelol: “Não basta ser pai, tem que participar!”

Pois bem, sábado passado foi dia de madrugar, afinal de contas a Ana tinha nos inscrito em uma competição em um evento na escola e estava ansiosa por nossa participação.

Segundo ela, tínhamos grandes chances porque, afinal de contas, eu tinha jeito para aqueles jogos dos quais participaríamos.

Conversei com ela e expliquei que, enquanto a pessoa mais velha da casa, eu tinha mais experiência. Por causa disto, aos seus olhos e ao dos seus irmãos, eu parecia muito bom, mas no mundo existiam pessoas muito melhores que eu.

Ela não se deu por vencida e disse que talvez não tivesse muitos competidores. Eu redargui que, nestes casos, os poucos, normalmente são os melhores e os mais preparados.

Em que pese meus argumentos, nada foi capaz de lhe tirar a euforia e a certeza que faríamos uma boa participação.

Fiquei pensando na responsabilidade que temos com eles (nossos filhos). Somos seus super heróis. Sabemos tudo: de que são feitas as estrelas, como o avião voa, quanto é mil mais mil... Resolvemos todos os problemas... Vencemos sempre...

E isto é bom! Somos nós, seus pais, que devemos ser seus ídolos. Quando este espaço é ocupado por terceiros, algo está errado.

Aos poucos eles vão descobrir que não é bem assim, mas até lá, tomemos nosso lugar de Super-Pai! Eles depositam sua confiança em nós e não podemos desapontá-los!

E não desapontá-los não é estar sempre certo, ter resposta para tudo ou vencer sempre... É amá-los, entende-los, educa-los, chorar e alegrar-se com eles... mas para isto precisamos estar presentes...

E eu estava lá como ela me pedira!

No que competimos e se ganhamos ou perdemos, é irrelevante. Participamos juntos!

Foi mais um daqueles programas de pai e filha que, com o crescimento dela, vai ficar cada vez mais raro. Em breve, andar de mãos dadas ou abraçada com seu pai pelos corredores da escola poderá ser considerado “pagar mico”.

Mas sábado, eu aproveitei a oportunidade e desfilei abraçado com ela!

Como recompensa por estar lá, foram muitos sorrisos, vários abraços e o sentimento de que ser Pai é a melhor coisa do mundo!

E, ao final de tudo, a cereja do bolo! Ao sentarmos no carro para ir embora, ela se vira para mim com um sorriso e diz: “Eu não falei? Eu sabia!”

E eu me senti o pai mais feliz do mundo!

Só me resta agradecer a Deus por ter confiado a mim a paternidade de alguns de seus filhos e à Letícia sem a qual eu jamais seria pai da Ana, da Giana, da Martina ou do Pietro.