quarta-feira, 13 de julho de 2016

O essencial é invisível aos olhos

Hoje tive a grata oportunidade de passar um tempo com minha amada Letícia na hora do almoço.

Se eu dissesse que era um tempo só nosso estaria faltando com a verdade se o “nosso” significasse somente nós dois. Isso porque desde que nossas vidas e corações se cruzaram os “eus” foram desaparecendo aos poucos e o “nosso “ foi crescendo a cada dia. Hoje “nosso” tempo é o tempo de nossa família que já não cabe em um carro comum.

Impossível sentar-se à mesa e não trazer as preocupações com nossas filhas e com o pequeno Pietro. Nossa felicidade está também neles. Eles, todos eles, nos fizeram especiais por podermos participar da criação Divina sendo instrumento de geração de vida.

Mas, meus filhos sempre fazem eu perder o rumo, não era sobre isto que eu ia falar.

Queria dizer que foram menos de 2 horas em companhia da minha querida Letícia. Não houve beijo cinematográfico, não houve abraço que busca fundir os dois corpos em um só, não houve olhares insinuantes…

Talvez, aos olhos desatentos, a visão seria de um relacionamento morno e em franca decadência. Mas os desatentos sempre se enganam!

Foram minutos em que dividimos uma refeição, relembramos sonhos realizados, pensamos em metas para o futuro, consideramos que se a Martina tivesse nascido dois dias depois todos os nascimentos de nossos filhos seriam em dias de números primos… falamos sobre os mais diversos assuntos, mas sobretudo, foi um momento em que eu estava ali e ela também. E isto nos bastava e era o que realmente importava!

A presença física dela me faz sentir especial. Foram menos de duas horas juntos, mas foi o meu pequeno oásis no meio do deserto das dificuldades  que a vida às vezes nos impõe.

Andar ao lado dela de mãos dadas, falando sobre nossos filhos, o que falta comprar para quando o Pietro nascer, o quanto temos que economizar em razão da crise, como iremos ajeitar os lugares no carro com a chegada de mais uma vida…foi um momento de imensa felicidade e satisfação!

Muito provavelmente se tivessem filmado nosso curto encontro, o resultado não serviria nem para um filme romântico, nem para um comercial de margarina…

Talvez tenha razão o autor preferido das misses: “o essencial é invisível aos olhos”. Um vídeo, ainda que com o equipamento mais moderno que exista, não seria capaz de captar o essencial daquele nosso momento. O que sentíamos e quanto o nosso amor transbordava em nossos corações...

Saí deste encontro renovado, feliz, contente, pronto para enfrentar as dificuldades que me aguardavam pelo resto do dia… Mas sobretudo, muito mais apaixonado! Contando as horas para revê-la novamente, como contei na primeira vez que nos despedimos…


Mais uma vez senti o amor! E mais uma vez a amei!

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