Nem sempre as coisas são como
planejamos ou como pretendemos que elas sejam.
A dinâmica da vida não nos
permite pensar muito longe. Abrimos o mapa que rabiscamos para o futuro, damos
os primeiros passos e, logo nos primeiros cem metros nos deparamos com uma montanha a impedir a
caminhada.
Redesenhamos o mapa e iniciamos o
contorno da montanha e, no meio do caminho, mudamos de rota.
Mas a caminhada ainda é nossa. É
o nosso rumo. Mas e àqueles que queríamos que fossem nossas companhias nesta
jornada... onde estão? Olhamos em volta e sentimos sua falta. Mas eles
prometeram estar sempre conosco. Será que nos abandonaram juntamente com suas
promessas?
Não, apenas seguiram seus
próprios caminhos. Mas porque os “seus” próprios caminhos não contemplaram
estar ao nosso lado? Será que não fazíamos parte de seus planos?
Então, com a dureza que só a vida
sabe impor, percebemos que “nossos” planos não são nossos e não podemos
traçá-los, pois a vida impõe circunstâncias que não podemos controlar. E aquela
pessoa não traçou planos “sem” você porque não era ela a dona de sua vida.
Sim, nossos atos têm consequência
e podemos trabalhar para que nossa vida tome determinada direção, mas não
estamos no controle.
O que resta é saber que quem não
nos acompanha, segue perto de nosso coração e que Aquele que controla nossa
vida nos leva pelo melhor caminho, sempre.
Nestas horas penso nas minhas
filhas. Às vezes elas ” traçam um plano” de brincar à noite, na rua, com a
temperatura abaixo de 10 graus o que, inevitavelmente, conduzirá a um resfriado
ou complicações mais sérias. Não vão! Acabarão, após alguns resmungos, em um
outro programa, talvez um DVD em família com pipoca. Estarão tão felizes, ou
talvez até mais, quanto se tivessem na rua expostas ao frio, mas ainda assim
poderão reclamar de que não puderam brincar na rua e, talvez, nunca percebam
que foram protegidas por um pai e uma mãe que sabia o que era melhor para ela.
Somos assim, às vezes não
entendemos o sofrimento de não poder sair para “brincar à noite”, não
usufruímos a alegria do “DVD em família”, e choramos por quanto a vida tem sido
injusta e pesada conosco, sem saber que nosso Pai esta nos protegendo.
Se o trabalho está pesado, se as
pessoas foram embora, se seu filho tirou notas baixas na escola, enfim, se a vida parece difícil... Tente
aproveitar o DVD em família, pois Deus sabe o que é melhor para você.
Eu estou
tentando rir do filme e saborear as pipocas, apesar de tudo!
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